Notícia  /  01.03.2018

Tóquio-2020 terá mascotes high-tech

O par de desenhos composto por figuras decoradas com o tradicional padrão quadriculado japonês (Ichimatsu) foi o vencedor do concurso para escolha das mascotes dos Jogos Olímpicos e dos Jogos Paralímpicos de 2020, em Tóquio, no Japão. A escolha, anunciada esta quarta-feira (28 de fevereiro) pelo comité organizador dos Jogos da XXXII Olimpíada, foi feita pelos alunos de 16.769 escolas primárias japonesas envolvidas no processo de seleção final, tendo sido validados 205.755 votos.

A mascote olímpica apresenta uma configuração futurística em tons de azul, sendo descrita na «biografia» como possuidora de capacidade especial para se deslocar instantaneamente para qualquer local, além de ter um profundo sentido de justiça. Do ponto de vista físico, esta mascote revela-se muito atlética.

A mascote paralímpica tem predominância da cor rosa, inspirada na flor da cerejeira, a árvore nacional do Japão, cujas folhas estão sugeridas na forma das orelhas da mascote. Está dotada do poder de mover os objetos pelo simples olhar, tem grande força interior e revela-se apaixonada pela natureza.

Por enquanto, nenhuma das mascotes tem nome, que em momento oportuno deverá ser atribuído a cada uma delas.

Os desenhos são da autoria de Ryo Taniguchi, um ilustrador residente em Fukuoka que se afirmou nas nuvens e sem palavras quando recebeu a notícia de que as suas propostas tinham sido as vencedoras. Falando sobre os desenhos criados, Taniguchi afirmou ter procurado evitar a utilização de elementos desnecessários, tornando as figuras tão simples quanto possível.

Assinalando que o Japão é um país com longa tradição de utilização de mascotes, a designer Yoshiko Ikoma, vice-presidente da comissão responsável pela seleção das mascotes de 2020, revelou que o processo de escolha prévia das três propostas finalistas para votação pelos alunos das escolas primárias foi marcado por discussões acaloradas, já que todos os membros da comissão apresentavam opiniões diferentes. No entanto, garantiu, todos estavam empenhados na escolha de uma mascote que pudesse ter acolhimento agradável quando fosse apresentada.

Depois do «Soohorang», representação do tigre-branco que serviu de inspiração para a criação da mascote dos recentes Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, as mascotes de Tóquio-2020 constituem-se como seres imaginários, tal como já sucedera nos Jogos Rio-2016, quando «Vinicius» e «Tom» foram as mascotes olímpica e paralímpica figurando misturas inverosímeis de fauna e flora amazónica.

O concurso das mascotes de Tóquio-2020 registou a apresentação de mais de dois mil trabalhos originais, dos quais foram selecionados três pares de desenhos (cada par com uma mascote olímpica e outra paralímpica), apurados em dezembro passado para uma votação final que decorreu até 22 de fevereiro. A proposta vencedora teve 109.041 votos (53,00%), contra 61.423 (29,85%) da proposta B e 35.291 (17,15%) da proposta C.

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